6 de outubro de 2009

Chegada.

Bem, tenho que fazer um post quanto a minha chegada à cidade de Valladolid, capital da comunidade Independente de Castilla y Léon. Momento em que, como diria o personagem Xavier em O Albergue Espanhol, a cidade ainda está virgem aos meus olhos e a minha vivência.

Primeira semana, semana esta de comemoração do festival de San Lourenzo, bem, admito que não entendia muito bem do que se tratava e na verdade ainda não entendo, o fato é que nunca fui muito bom com eventos comemorativos, sejam lá de que tipo, mas foi um evento que realmente mobiliza a cidade, ao ponto de pensar que talvez seja o maior evento da cidade. Muitos devem pensar, porque não pesquisar sobre isto ou perguntar aos moradores, bem, a verdade é que não me agrada fazer isto, prefiro descobrir por mim mesmo, vivendo ao máximo o lugar.

Tenho pelo menos 3 principais pontos, do evento a destacar:

Em primeiro, as festas, a cidade não só não dormia, fato que ocorre todos os dias, como também, foi montada uma enorme estrutura de shows, na Plaza Mayor, ponto característico das cidades espanholas, uma enorme estrutura para a venda de bebidas, várias tendas ao longo do centro histórico da cidade, vendendo não só bebidas como também alimentos claro, onde uma caña (chopp aqui na Espanha), poderia vir a custar 1 euro.

Mas além de simples tendas, existia um sistema de equipes, cada tenda pertencia a uma equipe, que comprava uma determina quantidade de álcool para consumo próprio, e parte para a venda. Pelo menos foi assim que eu entendi. Estas tendas me agradavam muito mais que os bares propriamente ditos, que no meu conceito de Bar, estão muito longe de ser isso, e em um deles, inclusive, cheguei a ser barrado por estar com uma camisa da seleção brasileira.

Em segundo, os eventos folclóricos, danças, apresentações musicais e o que mais me agradou, mas que infelizmente não pude ver de dentro da arena, que foi a tourada, pouco me importa a opinião alheia, quanto ao que ocorre nas touradas, errado ou não, desumano ou não, violento ou não, é um dos maiores eventos que já “parcialmente presenciei”, é um evento, que move desde o espírito do toureiro a atmosfera que envolve a arena, no meu caso, a da Plaza De Toros:


Por ultimo, o evento multimídia do festival, que eu e mais dois amigos presenciamos por puro acaso. Estávamos com o guia do festival em mão e enquanto um de meus amigos o estava folheando, se deparou com o nome desse evento, isso no ultimo dia do festival, Evento Multimídia na Plaza de San Pablo, não sabíamos do que se tratava, muito menos onde era a tal praça, decidimos ir credo na possibilidade de ser algo relativo a tecnologia, gadgets, ou algo do tipo, tolo engano.

Depois de algumas informações chegamos a Plaza de San Pablo, o lugar estava lotado, com pelo menos dezenas de projetores voltados para a fachada da belíssima Igreja de San Pablo, tratava-se na verdade de uma apresentação através de projeções sobre a fachada, contando a história de San Pablo. Evento este, que com certeza entra no meu Top 3 de melhores apresentações que já vi na minha vida.

Seguem algumas fotos:

Hasta Luego!

4 de outubro de 2009

TAP, Cream Cracker e piadas de português.

Não sei bem nem por onde começar, digamos que nada foi pouco significativo o bastante para ir pro final da minha lista, digamos que nada ocorreu como deveria, nada se destacou como um evento positivo, pelo menos a primeira vista.

Comecemos então pelo dia 09 / 09 / 09, (sem piadinhas sem graça numa hora dessas.), o dia foi bem 666 num sentido tão verdadeiro que jamais pensei que presenciaria, espero que me entendam ao longo do texto.

Bem, o dia já não começou as mil maravilhas, uma viagem de ônibus de Aracaju pra Salvador por melhor que o ônibus seja nunca é algo muito agradável, leva 4 horas e o filme que passaram foi o pior sessão da tarde que já assisti na minha, nem me perguntem o nome. Sem falar no áudio que tava uma bosta, e nas propagandas intermináveis.

Ao chegar a Salvador, carregar malas, espera no aeroporto, o que não é de todo mal, é praticamente um shopping o aeroporto de Salvador, check-in e embarque tranqüilos. Exceto por um detalhe, esqueceram de nos perguntar se queríamos com emoção ou sem emoção.

Desde o primeiro passo dentro do Airbus (isso já me cheirava mal.) da TAP (só se for de Tapeação.), começaram horas dignas de ser o roteiro do próximo Premonição. Todos os estereótipos estavam bem definidos, a comédia, com um baiano que insistia em tentar se comunicar com um italiano, na tentativa de uma troca de assentos, (que no final até deu certo.), a velha histérica em total pânico (devido aos eventos ainda narrarei.) e o grupo de jovens protagonistas do filme (nós, ¬¬), ah sem falar que até um “famoso” tínhamos no vôo, o cantor Netinho estava lá também.

Nesse momento, devem estar se perguntando o que deixou a velha em pânico (e também se é possível meu texto ficar ainda mais clichê, pelo menos o primeiro eu tenho como responder.). O vôo estava ocorrendo muito bem, melhor dizendo, o taxiamento (ou seja lá como escreve isso, o word ta dizendo que ta errado.) estava indo muito bem, ainda não estávamos voando de verdade. Assentos confortáveis, televisãozinha e tudo, com direito a mapa com a rota, e câmeras externas, inclusive uma na parte frontal, mostrando literalmente o caminho.

Estávamos lá, na cabeceira da pista (Diego, se estiver lendo este texto, por favor me corrija nos comentários!), esperando pela descolagem (sim, é assim que os portugueses chamam isso.), aquele nervosismo normal no ar, o avião começa a mover-se ao longo da pista da maneira que ao meu ver, totalmente leigo, claro, tudo ocorria as mil maravilhas, até que...

Um tremor fora do comum, (de novo, para a minha visão leiga da coisa.) começa a passar por toda a aeronave, (e eu com a merda daquela televisãozinha ligada na câmera frontal.) e abruptamente uma frenagem absurda, que até água vazou pela divisão dos bagageiros da fila central, (claro que em cima de mim a água, só podia.).

Sem explicação nenhuma, demos meia volta e voltamos pro... Não sei o nome, praquela sanfona de embarque. Chegarmos lá, o piloto (com a característica voz de bêbado que todos tem, mais um sotaque pesadíssimo de Portugal.) nos informa que tinha ocorrido algum problema no trem de pouso do nariz do avião, um dos pneus, pelo visto, estava oval, (adoraria receber vários comentários com piadas de português quanto a este evento.), sim, o pneu estava oval, e isso tinha causado a trepidação, e devido aos possíveis problemas que isto poderia causar na hora do pouso em Lisboa ele decidiu abortar a decolagem.

Até ai tudo bem, trocam o pneu e vamos embora, momento da piada. Quantos portugueses são necessários para trocar uma roda de avião? Realmente queria poder responder está, mas o que eu posso responder é quanto tempo portugueses levam para trocar uma roda de avião, quem chuta? Esquece, isso não tem graça nenhuma, levaram 3 horas, exatamente 3 horas.

Como resumir essas 3 horas... Vamos por partes.

Primeiro, as informações do comandante, não ele não nos informou exatamente no momento em que chegamos a sanfona de embarque, levou pelo menos 1h e meia para que ele o fizesse.

Segundo, aeromoças from hell, pense em uma pessoa mal humorada, não vai chegar aos pés de uma portuguesa trabalhando dentro de um avião.

Terceiro, fome, sede, falta de informação, a Tapeação, opa, a TAP, tem o pior plano de assistência a passageiros numa situação como esta, não existiu o mínimo de consideração para com os passageiros, só foram nos fornecer água e duas, sim, suas bolachas Cream Cracker depois de pelo menos 2 horas de espera.

Quarto, a velha histérica, lembram, não sei onde ela estudou engenharia aeronáutica, mas ela tinha certeza que o problema tinha sido na asa do avião, e claro que todos iríamos vir a falecer na próxima tentativa de decolagem.

Quinto, os brasileiros do fã clube de Netinho, tornando tudo uma grande palhaçada, menos mal...

Sexto, um boato que rolou no avião, de que o piloto da primeira decolagem tinha desistido de tentar de novo, não estaria confiante o bastante... Realmente não sei se é verdade.

E por Último, essa espera, nos fez partir as 9h da noite, do dia 09, do mês 09, do ano 09, ainda bem que foi a primeira decolagem que deu merda, hehehehehe!

O vôo e o pouso foram as mil maravilhas, para não tirar totalmente o crédito da empresa, digo empresa, pq não sei ao certo se foi o mesmo piloto.

Por este post é só, nos próximos tentarei resumir este ultimo mês, e colocar algumas fotos, talvez faça isso ainda hoje, não sei, esperem.

Hasta Luego!

20 de outubro de 2008

Onde?

“No meio da penumbra, no limiar da insanidade, procuro a luz, meio que sem saber o porquê ou pra que.
A lógica perde o sentido lá. Deixa de responder o que é certo e o que é errado, não condiz mais com a realidade.
Certo e errado se tornam apenas palavras, sem poder, sem propósito, servindo apenas como desculpas para os que fracassaram na tentativa de dar razão ou sentido para suas hesitações, para seus erros e por que não, para suas derrotas.
Lá. Só existe o destino, e o esforço para superá-lo, a vontade de torcer e retorcer seja lá o que for que te aprisiona, que te guia através deste caminho inconsistente e por vezes doloroso de não se ter o controle de seus próprios passos.
Seu mundo horas se moldando, horas se destruindo em frente aos seus olhos e você lá, sentado totalmente sem controle, assistindo a tudo, sem poder fechar os olhos.”


Durante uma entediante aula de Projeto Arquitetônico, rodeado pelo som de teclados de notebook e cliks de mouse...